A Volta ao Alentejo em Bicicleta de 2010, não se vai disputar. A decisão foi tomada pela Associação de Municípios do Distrito de Évora, entidade organizadora. Desaparece “um mito” do ciclismo Mundial. Miguel Indurain venceu em 1996. Uma decisão política, assumida ontem à noite pela Associação de Municípios do Distrito de Évora (AMDE), entidade organizadora da Volta ao Alentejo em Bicicleta, está na origem da suspensão da corrida em 2010, a pouco mais de dois meses da 28ª edição ir para a estrada entre 7 e 11 de Abril.
Há muito que era conhecida “a aversão” de alguns autarcas do PS, à continuidade da corrida, face aos encargos que a mesma tinha para a associação, e que a alteração política registada nas autárquicas de Outubro de 2009, deixava antever como sendo “um dado adquirido”. Se nos tempos de Alfredo Barroso, os custos estiveram “controlados”, nos últimos quatro anos, os encargos com a corrida “dispararam vertiginosamente”, tendo em 2007, com as comemorações do 25º aniversário a “Alentejana” custado mais de 340 mil euros. Com despesas superiores aos 300 mil euros, as receitas ficavam “muito abaixo” das necessidades, tendo o “descalabro financeiro” sido registado em 2008, quando a AMDE só conseguiu um encaixe de 94.200 euros.
Não contabilizando a celebração das “Bodas de Prata”, a edição do ano passado foi a que custou mais dinheiro aos cofres da organização, que teve um saldo negativo superior a 209 mil euros.
Estes números são justificados pela anterior equipa de gestão da associação de municípios face à assunção da “incapacidade de gerar receitas, através da publicidade e comparticipação dos municípios e outras entidades da região”. A Voz da Planície sabe que, e apesar de não pertencer à AMDE, o presidente da Câmara de Reguengos de Monsaraz, contactou a PAD, liderada por Joaquim Gomes, e organizadora da Volta a Portugal, para que esta com “chave numa mão e dinheiro na outra”, organiza-se a corrida, por valores muito inferiores aos 300 mil euros. Sendo vogal do Conselho Executivo da AMDE, Alfredo Barroso “ponderou” assumir o regresso, mediante a “garantia” de uma “almofada” financeira que lhe permitisse colocar a corrida na estrada.
A Voz da Planície está em condições de adiantar que se realizaram, pelo menos duas reuniões, entre as direcções da AMDE e da Turismo do Alentejo, entidade regional que gere o sector, para que esta assumisse a posição de principal patrocinador da corrida, contactos que não “passaram disso mesmo”, pelo menos, quanto à edição deste ano.
Com o fim da Volta ao Alentejo, desaparece uma das mais carismáticas corridas velocipédicas, sendo esta a única prova no mundo, de categoria internacional, em que nenhum corredor conseguiu repetir vitória, nem o celebre Miguel Indurain, que triunfou em 1996. A “Alentejana” era a única corrida no Globo terrestre, que teve “tantos vencedores como edições disputadas”, vinte e sete.
A Volta ao Alentejo em Bicicleta, com a categoria 2.1, a máxima das corridas em Portugal, era uma das seis provas lusas incluídas no calendário da União Ciclista Internacional (UCI) para a presente temporada.
Há muito que era conhecida “a aversão” de alguns autarcas do PS, à continuidade da corrida, face aos encargos que a mesma tinha para a associação, e que a alteração política registada nas autárquicas de Outubro de 2009, deixava antever como sendo “um dado adquirido”. Se nos tempos de Alfredo Barroso, os custos estiveram “controlados”, nos últimos quatro anos, os encargos com a corrida “dispararam vertiginosamente”, tendo em 2007, com as comemorações do 25º aniversário a “Alentejana” custado mais de 340 mil euros. Com despesas superiores aos 300 mil euros, as receitas ficavam “muito abaixo” das necessidades, tendo o “descalabro financeiro” sido registado em 2008, quando a AMDE só conseguiu um encaixe de 94.200 euros.
Não contabilizando a celebração das “Bodas de Prata”, a edição do ano passado foi a que custou mais dinheiro aos cofres da organização, que teve um saldo negativo superior a 209 mil euros.
Estes números são justificados pela anterior equipa de gestão da associação de municípios face à assunção da “incapacidade de gerar receitas, através da publicidade e comparticipação dos municípios e outras entidades da região”. A Voz da Planície sabe que, e apesar de não pertencer à AMDE, o presidente da Câmara de Reguengos de Monsaraz, contactou a PAD, liderada por Joaquim Gomes, e organizadora da Volta a Portugal, para que esta com “chave numa mão e dinheiro na outra”, organiza-se a corrida, por valores muito inferiores aos 300 mil euros. Sendo vogal do Conselho Executivo da AMDE, Alfredo Barroso “ponderou” assumir o regresso, mediante a “garantia” de uma “almofada” financeira que lhe permitisse colocar a corrida na estrada.
A Voz da Planície está em condições de adiantar que se realizaram, pelo menos duas reuniões, entre as direcções da AMDE e da Turismo do Alentejo, entidade regional que gere o sector, para que esta assumisse a posição de principal patrocinador da corrida, contactos que não “passaram disso mesmo”, pelo menos, quanto à edição deste ano.
Com o fim da Volta ao Alentejo, desaparece uma das mais carismáticas corridas velocipédicas, sendo esta a única prova no mundo, de categoria internacional, em que nenhum corredor conseguiu repetir vitória, nem o celebre Miguel Indurain, que triunfou em 1996. A “Alentejana” era a única corrida no Globo terrestre, que teve “tantos vencedores como edições disputadas”, vinte e sete.
A Volta ao Alentejo em Bicicleta, com a categoria 2.1, a máxima das corridas em Portugal, era uma das seis provas lusas incluídas no calendário da União Ciclista Internacional (UCI) para a presente temporada.
Actualização
Da parte dos autarcas envolvidos na decisão, nomeadamente os antigos directores da prova, Alfredo Barroso e Jerónimo Lóios, o refúgio na expressão “não há comentários”, enquanto que Ângelo Sá, presidente da Câmara de Borba e na AMDE, nos remeteu para “uma futura nota de imprensa”, enquanto que federação, organizadores de corridas e antigos vencedores da “Alentejana”, consideraram ser “uma grande machadada na modalidade e na prova”, sustentando que a mesma “dificilmente regressará” em 2011.
Artur Lopes, presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo, conheceu a notícia através da Voz da Planície e disse ser “um duro golpe”, onde houve “falta de vontade política”.
Joaquim Gomes, Director Técnico da PAD e vencedor da Volta ao Alentejo em 1988, defende que termina uma “prova carismática”, confirmando que as negociações com a empresa “não chegaram a bom termo”.
Marco Chagas, comentador da modalidade na RTP e vencedor da “Alentejana em 1984, sustenta tal como o presidente da federação, que “é duro golpe”, naquela que considera ser “a corrida de referência” no ciclismo português.
Por se encontrar numa reunião ainda não foi possível conhecer a posição de Jorge Pulido Valente, presidente da Câmara de Beja e da Associação de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral, sobre a decisão tendo em conta que a edilidade bejense “apoiou” a prova e a associação foi contactada pela AMDE, tal como mais três do Alentejo para “assumirem responsabilidades financeiras na “Alentejana”, o que mereceu uma resposta “negativa”. in vozdaplanicie.pt
Artur Lopes, presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo, conheceu a notícia através da Voz da Planície e disse ser “um duro golpe”, onde houve “falta de vontade política”.
Joaquim Gomes, Director Técnico da PAD e vencedor da Volta ao Alentejo em 1988, defende que termina uma “prova carismática”, confirmando que as negociações com a empresa “não chegaram a bom termo”.
Marco Chagas, comentador da modalidade na RTP e vencedor da “Alentejana em 1984, sustenta tal como o presidente da federação, que “é duro golpe”, naquela que considera ser “a corrida de referência” no ciclismo português.
Por se encontrar numa reunião ainda não foi possível conhecer a posição de Jorge Pulido Valente, presidente da Câmara de Beja e da Associação de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral, sobre a decisão tendo em conta que a edilidade bejense “apoiou” a prova e a associação foi contactada pela AMDE, tal como mais três do Alentejo para “assumirem responsabilidades financeiras na “Alentejana”, o que mereceu uma resposta “negativa”. in vozdaplanicie.pt
Lembra-me o Grande vereador Raposo quando esteve na Câmara de Mértola, percorrer kms e kms atráz e á frente da caravana da volta por esse alentejo, pois deve ter sido a unica coisa positiva que fez culturalmente nesta Autarquia..
ResponderEliminarAqui deixo o meu testemunho....