“Temos trabalhado muito no desenvolvimento económico”
Jorge Pulido Valente, presidente da Câmara Municipal de Beja e da Ambaal, falou ao “Diário do Alentejo” e fez um balanço dos primeiros meses de mandato. O autarca considera que “a vitória do PS abriu um novo ciclo para a região” e que “é importante que os municípios trabalhem em parceria”. Para já, o balanço “é positivo”.
O PS assumiu os destinos da Câmara Municipal de Beja e, nos primeiros meses de mandato, Jorge Pulido Valente revela as intenções do novo executivo. Os eleitos socialistas começaram por "organizar a casa" e por tomar "conhecimento dos dossiers", até porque, segundo o autarca, "havia muita desorganização". O presidente da Câmara Municipal de Beja falou ainda da situação financeira da autarquia e das medidas que o executivo tomou. As Grandes Opções do Plano também estiveram em análise, tendo a área social ganho, este ano, principal destaque. O desenvolvimento económico continua a ser a grande aposta deste executivo e, neste sentido, já foi criado o Gabinete de Planeamento e Desenvolvimento. O autarca falou ainda da Ambaal, da Cimbal, da regionalização, do aeroporto de Beja, entre outros assuntos. "Beja Capital" continua a ser o mote do executivo PS.
Em sua opinião, qual é o significado da vitória do PS em Beja?
Penso que o principal significado tem a ver com a possibilidade que abriu de um novo ciclo para a região, para o concelho e para a cidade. Esta vitória veio alterar o contínuo de um projecto que se foi, a pouco e pouco, apagando, levando a uma situação de inércia e de estagnação. Talvez por ter estado demasiado tempo agarrado ao poder. Esta vitória permite criar uma dinâmica completamente diferente, com um projecto de desenvolvimento também diferente, quer ao nível da atitude, quer ao nível dos objectivos e da forma de intervir. Portanto, uma forma muito menos partidarizada e muita mais preocupada com as questões do desenvolvimento.
Quais foram as primeiras medidas deste novo executivo?
Quais foram as primeiras medidas deste novo executivo?
Tomámos conhecimento dos dossiers e, naturalmente, tomámos conhecimento de como é que a "casa" estava organizada e a funcionar. Procedemos a reuniões com os funcionários, com o objectivo de nos inteirarmos do funcionamento da câmara e de tomar conhecimento dos projectos que estavam em curso ou previstos. Desta caracterização resultou a necessidade de tomarmos medidas urgentes, porque o que detectámos é que, ao nível da organização, existiam estruturas paralelas, que não dependiam das chefias. Digamos que eram estruturas que funcionavam em autogestão. Neste momento, estamos num processo de reestruturação e de reformulação da orgânica da câmara. Estamos a reorganizar os serviços. Havia muita irracionalidade no funcionamento da autarquia e isto representava custos, em termos financeiros, para a organização. A maior parte das medidas já estão concretizadas e isso permite-nos ter um sistema mais organizado, mais racional e mais controlado, em termos de gestão, e com maior circulação de informação, o que permite um funcionamento mais horizontal, uma interligação e uma coordenação.
Como está a situação financeira da autarquia?
Como está a situação financeira da autarquia?
Fizemos uma primeira avaliação da situação financeira e chegámos ao quadro que já referimos. Dessa avaliação, para além das questões da dívida, identificaram-se três vertentes. Refiro-me à utilização de empréstimos para fins que não os contratados, à despesa não cabimentada e à despesa não aprovada. Achámos que nestas três áreas era importante fazer uma auditoria para apurar, não só os procedimentos, mas também as responsabilidades. No armazém e nos estaleiros da câmara os revisores oficiais de conta detectaram uma série de situações, que já tinham sido identificadas em relatórios anteriores. Havia uma grande desorganização e isto presta-se a procedimentos e a actos menos lícitos. Neste sentido, temos já uma equipa a organizar todo o armazém. Estamos a organizar, sem juízos de valor relativamente aos anteriores executivos. Esta é uma questão técnica de boa gestão, de modo a não existirem desperdícios e para que haja uma maior eficácia e eficiência. O nosso objectivo não é atacar ninguém. É ter as coisas bem.
Mas o PCP tem acusado este executivo de estar numa atitude de permanente confronto...
Mas o PCP tem acusado este executivo de estar numa atitude de permanente confronto...
Se assistirem às reuniões de câmara vêem que não há confronto nenhum. Agora, não podemos é estar a branquear situações. Os executivos anteriores, quando cá estavam, geriam à sua maneira. Estamos a fazer alterações. Identificamos o que está mal e corrigimos. Quando temos de apurar responsabilidades apuramos... in diariodoalentejo.pt
Gostei da entrevista, deve ter sido grande frete dos Jornalistas do Diáio do Alentejo?
ResponderEliminarPrimeiro arrumar a casa que estava, totalmente desarrumada para levar a nossa capital para a frente.
Pulido Valente o derruba muros.
ResponderEliminarFoi o muro em Mértola agora o super muro de Beja.
Não há comuna que aguente esta presão, nem com pastilha a azia passa.
Bom trabalho!
Também gostei da entrevista. Beja e o seu Distrito estão no bom caminho. Até o Diário do Alentejo já não parece o mesmo de antigamente! Está a mudar para melhor! Já oferece aos seus leitores "um produto" mais abrangente e diversificado...
ResponderEliminarAté o Diário do Alentejo ( Avantinho) , já não está tão vermelho!! Porque será?
ResponderEliminarnão está tão vermelho mas esse director que gtransfornou o DA num jornal COMUNISTA tem que sair!!!!!
ResponderEliminarao que sei já pos o lugar à disposição...
nas proximas reuniões da Ambaal tomarar-se-à uma dicisão.
A nossa Bia Zé por onde andará.
ResponderEliminarVá um comentarinho sobre a Câmara de Beja:
Que saudades dos seus comentarinhos.