A ONU assinalou, no passado dia 17 de Junho, o Dia Mundial de Luta contra a Seca, numa altura em que a desertificação e a degradação dos solos afectam um terço da superfície da Terra, ameaçando o bem-estar de mil milhões de pessoas.
Em Portugal, segundo o ambientalista e ex-presidente da Liga para a Protecção da Natureza Eugénio Sequeira, o risco de desertificação, que em 1994 afectava um terço do território, abrange hoje metade do país.
Em Portugal, segundo o ambientalista e ex-presidente da Liga para a Protecção da Natureza Eugénio Sequeira, o risco de desertificação, que em 1994 afectava um terço do território, abrange hoje metade do país.
O presidente do Programa de Acção Nacional de Combate à Desertificação (PANCD), Lúcio do Rosário, minimiza o problema da desertificação em Portugal, considerando que se resume a situações pontuais."Não existem grandes chagas de degradação" em termos de desertificação, disse à Lusa, explicando que as situações mais preocupantes se registam no sul do país, nomeadamente Castro Marim/Alcoutim e Mértola.
Numa mensagem a propósito do Dia Mundial de Luta contra a Desertificação e a Seca, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, referiu que se estima que "24 milhões de pessoas tenham migrado devido a problemas ambientais" e que este número poderá "atingir 200 milhões até 2050".Nas palavras de Ban Ki-Moon, as alterações climáticas contribuíram para essa situação, mas são "apenas um dos factores", sendo necessário, em particular, repensar "as práticas agrícolas e a forma como são geridos os recursos hídricos".
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