C.M. Beja acusa CDU de privilegiar “habilitação política”

Jorge Pulido Valente acusa os eleitos comunistas de rejeitarem uma “solução técnica” para privilegiarem uma nomeação “política” na EMAS (Empresa Municipal de Água e Saneamento de Beja). O executivo da Câmara Municipal de Beja apresentou na última Assembleia Municipal uma proposta de remuneração de Rui Marreiros, actual Administrador Executivo da EMAS, mas a mesma foi reprovada pela maioria CDU. Rui Marreiros é licenciado em Engenharia de Recursos Hídricos, pós-graduado em Administração Autárquica e Desenvolvimento Regional e mestre em Hidráulica, Recursos Hídricos e Ambiente. A remuneração mensal proposta cifrava-se em cerca de 3 mil 298 euros. O actual executivo frisa, em Nota de Imprensa, que a proposta dirigida a Rui Marreiros visava “substituir o anterior Vogal Executivo da EMAS, Manuel Reis, dado este não ter formação superior, nem experiência comprovada de gestão ou de administração e estar a auferir uma remuneração mensal de 2 mil 760 euros, acrescida de viatura e telemóvel e ainda pelo facto do cargo, criado pelo anterior executivo camarário, de Director Executivo estar a ser exercido, por nomeação, por Francisco Caixinha, igualmente sem formação superior e sem habilitação técnica oficialmente reconhecida, auferindo um vencimento de 3 mil e 064 euros”. Manuel Reis é o actual responsável pela CDU em Beja. Pulido Valente assegura que Rui Marreiros tem perfil e competência técnica para o cargo e acusa a CDU de querer manter na empresa uma pessoa com “habilitação política”. A CDU já respondeu. Os eleitos na Assembleia Municipal de Beja realçam em Nota de Imprensa que limitaram-se, “como já tinha acontecido na reunião de Câmara, a não concordar com a existência de dois lugares com o mesmo nível de vencimentos e na prática as mesmas funções (que somam mais de 6 mil euros). Os comunistas acrescentam que “quando a EMAS tinha um Director Executivo, não tinha nenhum membro remunerado no Conselho de Administração e, quando não tinha Director Executivo, aí sim, tinha um membro remunerado no Conselho de Administração”. Os eleitos lamentam o que chamam de “confusão que se pretende passar para a opinião pública”. A Rádio Pax tentou em vão falar com Rodeia Machado. in radiopax.com