quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Projecto de gestão de habitat mediterrânico apresentado em Barrancos e Mértola

O Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB) em parceria com Associação de Defesa do Património de Mértola (ADPM), Associação Nacional de Proprietários e Produtores de Caça (ANPC), Liga para a Protecção da Natureza (LPN) e ainda com o apoio da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) está a promover um projecto VALLIA com vista à gestão de habitat mediterrânico. Trata-se de uma iniciativa QREN, apoiada no âmbito do INALENTEJO.Vallia é hoje apresentado em Barrancos, amanhã em Mértola e é um projecto de gestão de habitat que pretende contribuir para a recuperação de habitats favoráveis à presença de lince-ibérico e para a divulgação de práticas de gestão adequada do matagal mediterrânico. No Vallia estão previstas acções de intervenção em habitats localizados no Parque Natural e Sítio de Importância Comunitária do Vale do Guadiana, em Zonas de Caça Turística, Associativa e Não-Caça; reuniões/encontros de trabalho e visitas organizadas a estas acções, em que os agentes locais interessados em partilhar as suas experiências de gestão do matagal mediterrânico poderão participar; - a publicação, no final do projecto, de um Manual de Boas Práticas.Hoje a apresentação do projecto tem lugar no Salão Nobre da Câmara Municipal de Barrancos e amanhã, sexta-feira na sede do Parque Natural do Vale do Guadiana, Centro Polivalente de Divulgação da Casa do Lanternim em Mértola. in radiopax.com

Lince ibérico: Alentejo poderá acolher animais dentro de "três a quatro anos" - ICNB
20-Dez-2009
O presidente do Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB) revelou hoje que o Alentejo poderá receber linces ibéricos dentro de “três a quatro anos”, desde que sejam criados habitats naturais para o efeito.
“No espaço de três a quatro anos poderemos ter linces ibéricos no Alentejo, depende de como irá decorrer o projecto que estamos a desenvolver nesse sentido”, disse Tito Rosa à agência Lusa. O projecto Vallia integra um plano de gestão de habitat, concebido e implementado em parceria com proprietários, produtores florestais, agricultores, caçadores, organizações não-governamentais de desenvolvimento e de ambiente e a administração pública. Tem como finalidade contribuir para a recuperação de habitats favoráveis à presença de lince ibérico, valorizar a troca de experiências e o envolvimento de agentes locais na recuperação destes habitats e divulgar práticas de gestão adequada do matagal mediterrânico. Para que isso seja uma realidade, estão a decorrer várias reuniões com um conjunto de entidades para iniciar uma estratégia de intervenção em habitats localizados nas regiões de Portalegre, Vale do Guadiana, Mourão (Évora) e Barrancos (Beja).
“Estamos a mostrar aos proprietários, agricultores, caçadores, entre outras entidades, como se pode criar estes habitats sem perder rendimento, antes pelo contrário. Este projecto é interessante, uma mais-valia para todos”, sublinhou o responsável do ICNB. De acordo com os responsáveis, estas zonas do Alentejo podem ser eleitas para acolher linces ibéricos pelas “características” de vegetação, fauna e flora que apresentam. Esta iniciativa do ICNB está inserida no Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN). O investimento ascende a 330 mil euros, tem co-financiamento do FEDER (em cerca de 200 mil euros) e apoio do INALENTEJO. O projecto teve início em Setembro deste ano e terminará em Agosto de 2011.
“O programa tem a duração de dois anos, mas vai ter que ser um trabalho continuado e era bom que ao fim de três anos tivéssemos um território no Alentejo, com mais de 10 mil hectares, para receber os linces”, declarou Tito Rosa. Para que a presença do lince ibérico venha a ser uma realidade no Alentejo, deverão ser instalados abrigos, comedouros e bebedouros para coelho bravo, a espécie-presa do lince-ibérico, nas diversas regiões eleitas para acolher o projecto. A criação de clareiras, a instalação de sementeiras, a recuperação da vegetação ribeirinha, a implementação de sebes e de comunidades arbustivas e a reprodução e repovoamento de coelho bravo, são outros factores a ter em conta. O ICNB tem como parceiros neste projecto a Associação de Defesa do Património de Mértola (ADPM), Associação Nacional de Proprietários e Produtores de Caça (ANPC) e Liga para a Protecção da Natureza (LPN) e ainda o apoio da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP). in radioportalegre.pt

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